quarta-feira, agosto 24, 2005

Guys after the game


Ontem, depois do jogo (onde consegui ver as duas partes em sítios distintos - a primeira na tasca do David, acompanhado de um amigo e de uma coca-colinha; a segunda num café ranhoso ali em Palma, ao lado do mesmo amigo, e em frente a uma fanta e uma bifana), fui deleitar-me com bom futebol. Vulgo um treino dos júniores do Sport Futebol Palmense, que não é o clube do meu bairro, mas é como se fosse.
O Palmense é um clube que nem sei em que divisão está, tem um campo pelado, e na época passada, aí em Janeiro, tinha um treinador que "não conhecia a palavra derrota" (cito a contínua), daí a primeira posição ocupada na tabela. A porra é que depois deve ter ido ao dicionário ver o que significava "derrota", e não subiram. Fiquei com pena.
Eu não conhecia o treinador, mas o meu amigo sim, e disse-me: "é aquele ali". Mas como estava tudo ao magote perguntei, e só depois vi o erro crasso da questão: "Qual?"
Erro porquê? Porque só um tinha bigode. Claro que se no meio de gente da bola há um bigode, esse é sem dúvida o treinador, sobretudo nas divisões inferiores onde a mística do foot-ball ainda não se perdeu.
Durante os treinos de descompressão apercebi-me que o adjunto, homem de penteado à João Pinto/Pedro Barbosa/ Estrela de rock dos anos 80, tem toda a classe de um Queirós, mística de um Magalhães, e savoir-faire de um Mourinho. Dirigiu-se a um dos tipos que assistia, e pediu-lhe: "Há paí cartão?"
"Paquê?"
"Tá ali um chavalo com uma ferida na peida e não consegue fazer nada, é papôr debaixo dele. Uma ferida assim aqui"- disse, enquanto apontava para a dita.
Ah futebol português, onde irás parar tu com gente desta longe dos grandes palcos desportivo.